Ontem, Domingo, dia santo da semana, estive numa missa na igreja de Boxholm, assistir ao pregatório da minha prima (que está no penúltimo ano do curso religioso protestante na universidade - sim, aqui na Suécia tira-se um curso superior para se ser padre/madre). A igreja, imponente e fria exteriormente, feita com a pesada pedra local, apresentava um ar gótico, embora feito no século XVIII. Por dentro era, como qualquer outro edificio público sueco, muito acolhedor, quente e "caseiro", com estruturas de madeira, café preparado junto à porta, para o final da missa, e tapetes!
Começou com o tradicional culto de agradecimento a Deus (que eu sempre achei bastante absurdo). O pregatório em si consiste na leitura de um texto relativo ao tema desse domingo. Depois de lido, o texto é analisado pelo(a) padre/madre com base a sua cultura geral, sentimental e pessoal (pois uma pessoa pode bem discordar com algum texto bíblico, mas dar a volta à coisa e ver de um outro ponto de vista para melhor perceber). Neste domingo o tema da diferença entre o mau e o bem foi tratado de uma forma muito cuidada e interessante. No decorrer da missa cantaram-se salmos (sem beatas desafinadas!) acompanhados por um piano (afinado!). E isto em menos de uma hora, não foi nenhuma tortura, ao contrário de certas missas infinitas de culto cego preso a palavras já escritas ao divino ser que habita em todos nós.
Tack Hannah!
2 comentários:
Acredito em fé.
Não acredito em religião.
A fé une, a religião divide e criminaliza, pelo menos, como a conheço. Faz falta a fé num Deus que, a meu ver, é pura e simples esperança. Menos palavra e mais acção - menos textos e mais humanidade, isso basta.
Ok ok, desculpa 8|
Não digo que acredite em Deus, porque não acredito, mas creio que a igreja aqui, como instituição, é um bom elemento. A religião na Suécia é o seu mundo, não incomoda os outros, só em casos extremos.
Por exemplo: a minha prima, como madre, costuma de visitar pessoas, normalmente idosas, que vivem sozinhas, para lhes fazer companhia. E, pelo que entendi, não é num acto de tentativa de expansão de fé (porque Deus pode ou não ser nomeado nestas visitas), mas como acto de bondade que lhe é incumbido ao seguir religião. A religião não é verbalizada, mas sim feita. Não falo em Deus com a minha prima, mas ela é bondosa e sensível.
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