Só Satie, Debussy, Beethoven, Bach e Chopin me entendem...

Só eles me entendem, só a música me entende.
Só consumo música, ou só a música me consome no seu explendor sentimental por essa mesma razão: sinto, apenas.
Serei ingrata por apenas sentir e não ter um lado racional? Muitas vezes penso que sim. Mas muitas vezes quero deixar de ouvir, durante uns minutos. Deixar de sentir, apenas para ter alguns momentos com a cabeça.
Devia haver um equilíbrio, mas parece que a cabeça desta minha pessoa é uma milésima parte do meu coração.

5 comentários:

xx disse...

"Serei ingrata por apenas sentir e não ter um lado racional?"

Só o facto de colocares esta questão já demonstra alguma "racionalidade" ou que quer que lhe queiras chamar (se bem que não estou certa da separação entre razão/coração, porque, desde que me lembro de existir, lembro-me de me terem ensinadao essas duas vias, digamos assim, mas quero agora analisá-las a fundo, e acredito que a qualquer ponto sejem, ou se tornem nalguma espécie de coisa una).

xx disse...

*ensinado
**sejam

Linnea disse...

Mas, Chow, é uma pergunta por responder, e sim, razão e sentimento devem ser uma coisa una e saudavelmente estável.
Se o coração e o cérebro se encontram no mesmo corpo, terão de viver juntos.

( ) disse...

olá,

bem, queria só dizer-te que o filósofo Schopenhaeur, dizia que a forma mais elevada de arte é a música, dado que é ela que comunica tão bem e tão fluentemente directamente com o coração, é ela que comunica melhor que todas as outras e no entanto é tão (aparentemente) abstracta, no sentido em que não comunica com o público das formas mais comuns de comunicação, mas ainda assim lhes desperta tão directamente os sentimentos.
Talvez tivesse razão. De resto, dizer que Bach é o expoente mais alto da música na minha opinião, e que a sua Aria (ou Air) me eleva mais do que qualquer outra obra de arte neste mundo. Debussy também é o esplendor, bem como Pachelbel, ou Bethoven.

Fábio

( ) disse...

Mas a arte é mesmo só um conceito, sim subjectivo, e para mim nem existe "a arte". Existe a experiencia estética, que é diferente entre os seres. Não existe um objecto que seja "artístico" em si, os objectos quanto muito são volumes, e sem utilidade nem existem objectos mas apenas Uma Coisa. Lê o meu texto "em verdade: uma coisa".